quarta-feira, 23 de abril de 2008

That's 90 show

Depois da volta dos anos 80 à moda, agora temos mais uma (nova?) tendência: a década de 90 volta com tudo. Com TUDO MESMO.

Spice Girls. Backstreet Boys. E até New Kids on the block. Só me resta agradecer a Deus pela próspera carreira de Justin Timberlake. Muitíssimo improvável que ele aceite voltar para o N’SYNC.

Não que eu não goste dos anos 90. Minha infância, ainda que vivida também nos anos 80, foi bem legal. Minha adolescência idem. Festinhas embaladas a Hangin’ Tough (quem pensa que a melhor música de NKOTB é Step by Step, não ouviu essa), Wannabe, Mmmmbop, e Backstreet’s back. Muitas lágrimas derramadas ao som de I drive myself crazy, Viva Forever, e Quit Playing Games with my heart. Ok. A gente se divertia. Mas, certas coisas devem ficar no passado.

E eu, como fiel seguidora de Rob Fleming, enumero-as aqui:

  1. Dança da garrafa, da bundinha e afins

Ainda que agora, ouvindo o Creu, dê uma certa saudade disso...

  1. Ratinho, ET e Rodolfo e o Programa Legal, do Gugu

Precisa falar mais?

  1. Chiquititas

Melhor que Rebeldes, mas mesmo assim MUITO ruim mesmo.

  1. Celine Dion cantando “My heart will go on”...

Cantando? O verbo mais adequado seria gemendo.

  1. Power Rangers e Cavaleiros do Zodíaco.

Como assim dinossauros se transformam em robôs depois de “morfar”?

Cavaleiros do Zodíaco eu nem comento, né? Pára TUDO!

  1. Xuxa, Angélica, Eliana, Mara Maravilha, e todas as outras.

A bota branca, o microfone peludo, as paquitas, as angeliquetes, o Melocoton também entram na lista.

Sobrava pano em cima e faltava muito embaixo

  1. Tiazinha e Feiticeira

Uma depilava os homens, a outra dançava ao som da versão techno de “The Godfather”. Sim, a música-tema de O Poderoso Chefão. Precisa falar mais?

  1. Lambada

Seria a lambada mãe do Calyspo?

  1. All Saints, Backstreet Boys, N*SYNC, Five, New Kids On The Block, Westlife, Take That, Britney Spears, Christina Aguillera, Mandy Moore, Jessica Simpson, Sandy e Junior, Hanson…

Boa a época em que a Britney era magra, Lance era hetero, Sandy era virgem e os Backstreet Boys tinham cabelo e Donnie Walhberg não teve o filho torturado por Jigsaw. Agora não tem mais graça.

  1. Final da Copa de 1998 contra a França

Uma das poucas vezes que futebol me fez chorar. De raiva.

Outras deveriam ser eternas:

  1. Friends

Fez história. E tinha que fazer mesmo. 10 anos na TV e eu ainda consigo rir de TODAS as piadas. Mesmo tendo visto todos os episódios.

  1. SOS. Malibu, Blossom, Punk, a Levada da Breca.

Pámela Anderson e David hasselhoff juntos no mesmo seriado? Sucesso na certa! Hahahaha... Blossom também era demais. Sua amiga Six e seu irmão Joey eram os protagonistas das cenas mais engraçadas do seriado (“Uouuuuu”). Punk é quase anos 80, mas vale mesmo assim. A participação da atriz em friends, como a namorada baixinha que batia no Joey, personagem de Matt Leblanc, é impagável!

  1. Vamp e Anos Rebeldes

Vampiros na fictícia Armação dos Anjos e a dura realidade da ditadura por todo o Brasil são coisas opostas, mas eram os melhores programas da Globo na época.

  1. MTV

Piores Clipes do Mundo, com Marcos Mion. Disk com Sabrina Parlatore, Central MTV com Chris Nicklas. Insuperável.

  1. Nirvana

Kurt Cobain era o cara. Smells Like Teen Spirit era o hino. Ponto final.

  1. Lady Di

Por causa dela sempre que me perguntavam o que eu queria ser eu respondia “princesa”! Ok, eu respondia jornalista também. Mas “princesa” sempre vinha antes.

  1. Spice Girls

Ok, talvez já tenha dado o que tinha que dar. Mas “Wannabe“, “Say you’ll be there”, “Stop” e “Too Much” são quase hinos do feminismo. Marcou uma geração e vários, mas vááááários recreios.

  1. Uma escola atrapalhada.

Angélica fazendo par romântico com o Supla? Maria Mariana com Rafael do Polegar? Os trapalhões, Selton Mello e Fafy Siqueira no mesmo filme? Tinha que ser bom, né? Bom, não era. Mas eu gostava.

  1. Dawson’s Creek e Popular.

A Joey era insossa, o Dawson era o protagonista hetero mais gay de todas as séries, mas o Pacey salvava o seriado. Popular era bom demais. Até hoje não sei porque sumiu.

10. Pulseira de corda de violão, colares que imitavam tatuagens tribais,

esmaltes verdes, rosas, azuis, roxos, brancos, e a volta da cintura

baixa.

Depois da breguice dos anos 80 até que isso não era ruim.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

desabafo.

Eu estou de saco cheio do mundo e, principalmente de você. Sim, eu sei que você deve estar achando que eu falo de outra pessoa, mas não. É a você mesmo que me refiro. Não adiantar culpar os outros. A culpa pela minha raiva e impaciência é exclusivamente sua.

Pode parecer que outras pessoas me controlam, mas não é verdade. Por acreditar na sua amizade eu me deixei envolver. Até que percebi que simplesmente não há amizade nenhuma. O que há? Não sei. Também gostaria de saber.

Por que você tem o poder de fazer com que eu me sinta mal? Não sei. Eu já tive provas constantes de que sou bonita, inteligente e uma pessoa maravilhosa. Por que me sinto um lixo perto de você. A amizade logo virou admiração. Ou o contrário. E eu acabei te colocando como um modelo a ser seguido. Até descobrir que isso era apenas a minha imaginação trabalhando em conjunto com a minha insegurança para me deixar maluca. Você não é modelo de nada e nem poderia ser, visto que sou tão boa ou ainda melhor que você.

Eu sei. Eu tenho ar ingênuo. Eu me deixo levar. Eu pareço insegura. Tem quem pense que eu sou frágil. Tem quem julgue minha incapacidade de ser grossa ou de falar palavrões como fraqueza. Mas não. Sou tão forte que posso sê-lo mesmo com palavras doces. Suas brincadeiras, suas caras feias não vão me abalar. De forma alguma. Incerteza é algo inerente ao ser humano. Algo inevitável. Alguns dizem que dá até uma certa graça à vida e eu costumo concordar. Hoje, não. Hoje eu tenho a certeza de que todo tempo dedicado à você foi em vão. E eu estou mais do que disposta a te riscar da minha vida.

Não serei quem você acha que eu seja. Serei eu mesma. Uma nova “eu”. Uma nova pessoa. Vou ser quem eu quero ser. Do MEU jeito, com meus gostos estranhos, com as minhas roupas, meus livros, minhas músicas, minhas fotos, minha vida. Vou ignorar seus conselhos, suas piadas. E vou me orgulhar muito de mim, pois sendo quem Eu sou, não serei quem VOCÊ é. Isso, por si só, já é motivo de alívio.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

à todos eles...

“Eu poderia suportar, embora não sem dor, perder todos meus amantes. Mas enlouqueceria se perdesse todos meus amigos”.

(Vinicius de Moraes)

“Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril”

(Oscar Wilde)

Escolhi essas citações de dois dos meus maiores ídolos, não foi à toa. Além de serem conhecidos pelas suas palavras maravilhosas, os dois são famosos também pela devoção aos seus amigos, pelo valor que davam à amizade. Principalmente Vinicius, que com um dos seus melhores amigos, Tom Jobim, formou uma dupla de grande importância para a música brasileira.

E eu, que acabo de receber um e-mail avisando que esta é a semana mundial do melhor amigo, venho buscar inspiração para falar dos meus. Eu nunca fui uma pessoa que tivesse apenas uma ou um melhor amigo. Sempre fui daquelas de andar em turma, e espalhar meu afeto, senão de forma igual, pelo menos equilibrada. Porque eu acho que vem daí toda a vantagem da amizade sobre o amor. Você só pode ter um namorado, mas pode ter uma infinidade de amigos. E eu agradeço todos os dias por não poder contá-los nos dedos das mãos.

São pessoas que me conhecem desde criança, desde adolescente, ou há apenas um ano. O tempo não importa. O que importa é que eles me conhecem como a palma da minha mão, e conseguem dizer com propriedade quando uma coisa é a minha cara e quando não é.

São as coisas que vivemos juntos. O que me traz problemas, porque basta um feriado maravilhoso pra eu achar que o tal fulano, ou fulana, é meu amigo de verdade. Não é. E nem deve ser. Porque meus amigos são diferentes. Com eles as conversas nunca acabam, os papos nunca morrem, as piadas internas são diversas. Não há decepção. Com eles eu posso rir até a barriga doer, ou chorar até ter dor de cabeça. Tanto faz.

Amigo de verdade ta ali. Do seu lado. Mesmo há quilômetros de distância. Está a distância de um abraço ou de um telefonema. E mesmo que não esteja fisicamente presente sempre dá um jeito de se fazer notar. E é isso que algumas das minhas amizades têm de mais especial.

Talvez eles não saibam a importância que tem na minha vida, mas podem crer que tem muita. O que seria de mim se não fossem as manhãs na praia, as tardes no shopping, as conversas no recreio, no café perto da faculdade? Os filmes no cinema, o brigadeiro do pé na bunda, as nights, as bebedeiras, os jantares, os almoços, as viagens, a conversa até tarde da noite? Provavelmente nada. Porque são esses momentos que fazem de mim o que eu sou hoje. Sem sentimentalismo ou demagogia. A mais pura verdade. É convivendo com os outros que você forma seu próprio caráter. E graças aos meus amigos, eu até que sou uma pessoa legal.

Com certeza uma pessoa diferente do que era ontem. Esse ontem não quer dizer passado. Quer dizer ontem mesmo. Antes de hoje. Porque cada conversa muda a gente um pouquinho. A gente aprende mais. E com meus amigos eu aprendo muita coisa. Eles mudam constantemente minha forma de pensar. Não só sobre minha pessoa como tudo. Um livro, um filme, um acontecimento, uma pessoa. Eles sempre vêem um lado que eu ainda não tinha visto. De absolutamente tudo. Por exemplo, não importa o quanto eu sofri num namoro. Eu me diverti e valeu a pena. O Diogo Mainardi não é tão ruim assim. Bob Dylan é tipo Deus. As roupas da Farm são maravilhosas, mas as da feirinha também são legais. Você pode até não concordar com as escolhas dos outros, mas não cabe a você julgar. E nunca, nunca mesmo, deixe nenhum namorado tomar conta de sua vida. Se essas visões estão todas em mim? Não sei. Mas eu considero todas elas com muito carinho.

Não importa a distância que eles estejam de mim. Pode ser nos Estados Unidos, Espanha, em Paulo de Frontin, na Barra da Tijuca, no Flamengo, na Ilha do Governador, em Ipanema ou no Céu. Não importa se a gente se veja todo dia, uma vez por semana, por mês ou por ano. Não importa se a gente se fala no telefone, por mensagem, MSN ou orkut. Não importa nada disso. O que é realmente muito importante, é o amor que a gente sente um pelo outro e o que a gente faz com ele.

Na semana internacional do melhor amigo e na semana das despedidas, aos meus amigos... MUITO OBRIGADA! Sem vocês eu não seria quem eu sou. Seja isso bom ou ruim. ;)

EU AMO VOCÊS!