domingo, 23 de dezembro de 2007

Retrospectiva 2007

Mais um ano que passa, mais uma retrospectiva...
Ah, 2007 foi tudo que 2006 não foi...

Começou conturbado...Pânico, já no 12º dia do ano. Tenso, bem tenso... melhorou depois, piorou de novo, e vai terminar muuuuuito bem...

Foi o ano que eu descobri como é ganhar o próprio dinheiro e... TORRAR em bobagem! Tsc, tsc, tsc...
Mas também descobri o quanto é bom trabalhar em um lugar legal, com pessoas legais, ver criancinhas fofas, adolescentes engraçados, e colegas de trabalho pirados, completamente malucos, mas EXTREMAMENTE competentes... Que essa competência tenha sido passada para mim também, que me dediquei tanto a este trabalho. Afinal, voltar para o colégio não é para qualquer um. AMEI trabalhar na EDEM, rever pessoas que me conhecem desde bem pequenininha e conhecer um outro lado deste lugar tão importante para mim.

Foi o ano das amizades consolidadas. E a faculdade ficou com outra cara depois que eu CONHECI de verdade essas meninas MEGA importantes pra mim. Muitas fofocas, lágrimas, risadas, papos idiotas, papos cabeça, e muito, mas muito dinheiro dado para o posto da Farani.

E chega o meio do ano e com ele a minha SUPER festa de aniversário. Miss São João de Meriti... vestido amarelo ovo!!! Quem deixou eu me fantasiar de Bela, hein, hein, hein???
Mas quem foi se divertiu, não? Última festa de criança para marcar o final da adolescência e o começo da vida adulta. Bom, nem tão adulta assim, vai...

Férias para descansar, mas nem tanto... Porque o orkut não tira férias e nem o Murphy... Fuxicar a coisa errada na hora errada dóóóóóiiiiii... E como dói. Dói pra cacete... Mas é SEMPRE melhor saber da verdade... A gente supera, tenta esquecer, e bola pra frente. Para as coisas valerem à pena, a gente tem que se esforçar para reconstruir o que foi quebrado.

Outras coisas foram real e irremediavelmente destruídas. E se ganhei várias amizades, também perdi algumas. Ou, se perdi, é porque não eram verdadeiras, não? Darwin chamaria isso de “seleção natural” e eu prefiro concordar com ele.

Coisas que se vão, outras que se reconstroem... E depois de 21 anos, a gente descobre o que é morar sozinha com a mãe e construir uma família de verdade, como deveria ser. Pela primeira vez na vida, eu deixei de achar engraçada essa história de ter pais separados. Ou pelo menos, pais morando tão distantes um do outro. Cadê a graça em ter duas casas, duas mesadas, dois presentes de aniversário se a gente não tem tempo para curtir tudo isso???

Muitas brigas até a gente descobrir que amor não é coisa que se jogue fora assim. Seja em uma relação de amizade, seja em casa, ou no namoro. 2007 foi o ano de aprender a dar valor às pessoas amadas. Elas podem ser chatas, implicantes, e até meio sem graças nas piadinhas... Mas são maravilhosas até em seus defeitos e nos fazem ser o que somos. E por isso eu agradeço TODOS os dias. Mesmo que eu nem sempre consiga demonstrar...

Eu posso ter mudado, mas o mundo à minha volta pouco se transformou...
Britney Spears e Paris Hilton continuaram aprontando, famosos casam e descasam, BBB’s continuam saindo na Playboy... Mas foi o ano do Alemão... ai, ai, o Alemão...
Burro que só ele, mas pra chegar ao topo só o carisma já basta...

Lula que o diga... Continuou fazendo merda, o caos continuou nos céus do Brasil, mas assim como os aviões (que foram muitos) a CPMF também caiu... De onde vão sair os R$40 bilhões perdidos? Do seu bolso, é claro... a seguir, cenas dos próximos capítulos...

Se a política vai mal, o cinema brasileiro vai bem obrigado... 2007 foi o ano do lançamento de “Tropa de Elite”... Qualquer coisa que eu falar aqui sobre o Wagner Moura, seu Capitão “tudo de bom” Nascimento, a pirataria ou os jargões vai ser redundante, mas... vai dizer que você não gostou?

Na música, sofremos uma perda enorme... A separação de Sandy e Junior... Meu Deus, o que será de mim agora???? Oh, céus! Tudo bem, ficam as lembranças... os cd’s estão bem guardados no... aonde mesmo????
Em compensação, logo no início do ano teve show do Chico Buarque... tem outra palavra pra definir além de “PERFEITO”?
Alguns quilos a mais, alguns fios de cabelo a menos e eis a ressureição das Spice Girls e dos Backstreet Boys... Mas fala sério, isso merece mesmo algum comentário???
Retorno mesmo foi do The Police... Não fui no show, mas Sting é Sting... Não tem pra ninguém!

Harry Potter também chegou ao final e, podem falar o que quiser... eu vou lamentar... =/

E foi o ano do Pan no Rio!!! Os cariocas são super acostumados à festa, mas todo mundo estranhou poder andar pelas ruas da cidade um mês inteiro sem medo de assalto. Já não sei mais quem ganhou medalha, mas a sensação de andar pela rua despreocupada eu não esqueço...
A pergunta que não quer calar... Se é possível, porque não fazer o ano inteiro?
Replay só em 2014, quando o Brasil sediar a Copa...

Nota 9 pra 2007... Afinal, a gente se ferra mas diverte... =P

E que venha 2008... com muita paz, saúde, amor, dinheiro, felicidade, harmonia... Que todos os sonhos se realizem!
Enfim, aquelas coisas impossíveis de não se desejar num final de ano! =)

sábado, 22 de dezembro de 2007

E eu com isso? - Parte 1

Isso fez realmente um diferença enorme na minha vida: me ensinou que eu tenho que parar de entrar em sites de fofoca...
http://ego.globo.com/ENT/Noticia/Gente/0,,MUL215345-8334,00-BRITNEY+SPEARS+E+FLAGRADA+COM+A+MAO+IMUNDA.html

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Eu sou mensageiro


Em uma época em que qualquer demonstração de bondade ou generosidade é interpretada como idiotice, como falar disso sem parecer piegas?

“Ed Kennedy. Dezenove anos. Um perdedor.”
É isso que está escrito na orelha de “Eu sou o mensageiro”, último romance de Markus Zusak lançado no Brasil.

Se nos Estados Unidos- país responsável pela disseminação da cultura dos losers- Ed Kennedy é considerado um perdedor eu não sei. Para mim, que vivo em um país carente de personagens como ele, o cara é um herói. Até porque, aos 21 anos, eu só conheço playboyzinho babaca de 19.

A história começa quando o banco onde está Kennedy é assaltado. Em um daqueles momentos capazes de mudar a vida de alguém (os Hanson chamaram de mmmmbop, mas esse foi um comentário bem desnecessário), ele é responsável pela prisão do assaltante. Logo depois, passa a receber cartas de baralho com pistas de pessoas que, por diferentes motivos, merecem ser ajudadas.

Junto com seu cachorro Porteiro, ele vai tentar descobrir quem são essas pessoas, e qual é sua missão, numa tentativa de não só salvar sua pele – que está sendo ameaçada não se sabe por quem – mas de mudar as vidas que encontra em seu caminho.

Sem sentimentalismo: poucas sensações são tão gostosas quanto a de ajudar alguém, não? Não só um amigo, ou pessoas que a gente conhece, mas também quem a gente nunca viu. Abrir a porta do elevador para o vizinho, carregar as compras de uma senhora, até ser educado com o padeiro, porteiro, gente que te atende todo dia.

“O mensageiro” é exatamente sobre isso. Como os pequenos e grandes gestos podem mudar a vida de alguém. Em uma época em que parecemos predestinados a seguir este ou aquele caminho, em uma cultura que aprendemos que não há meio termo entre um vencedor e um perdedor, ler um livro como esse nos faz ver uma luz no fim do túnel.

Seria só mais um conto bonitinho de Natal, não fosse a habilidade do autor. Mas nas mãos de Zusak se transforma em uma história incrível. Poderia ser brega, se Ed Kennedy não fosse uma mistura interessante entre a ironia e a sensibilidade. E a participação de Zusak no próprio livro poderia ser uma cópia barata de Tarantino se ele não fosse... O cara.

Mas tudo isso não faz ver como é impressionante como tudo muda quando resolvemos fazer algo pelo próximo. Incrível, não?

“Se um cara como você consegue fazer o que você fez, talvez todo mundo consiga. Talvez todos possam superar seus próprios limites da capacidade”.

Pitcat

Enquanto os humanos não fazem nada para ajudar uns aos outros...



Olha que lindo!

A gatinha apareceu esfomeada em uma república de estudantes em São Paulo e para a surpresa de todos a cadela nem se incomodou. Muito pelo contrário, cedeu sua casinha para a gata parir e ainda deixou que os gatinhos mamassem seu leite.

O s fatos surpreendentes: a cadela é da raça pitbull e ainda é paulista! =O

Brincadeirinha... =P


Fonte: www.globo.com

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Meu dia de princesa

Toda mulher sonha em ser princesa. Não só quando se é criança, mas depois de adulta também. Principalmente na hora de tomar um esporro do chefe ou na hora de encarar uma pilha cheia de louça. Mas poucas mulheres realizam este sonho.

Eu sonhava com a Bela. A melhor princesa da Disney, super apegada ao pai, mas super independente... Mandou aquele babaca do Gastão passear, se apaixonou por um monstro e decidiu ficar com ele, sem nem ligar para o que a cinderela, Branca de Neve e Ariel poderiam dizer. E olha que a Ariel poderia dizer o que quiser, ela pegava o príncipe Eric, o mais gato dos príncipes!

Mas enfim, eu queria muito ser a Bela, dançar valsa com aquele vestido, falar com xícaras, bules, candelabros, e ter a minha própria Fera. Até aí, ok. O caso vira patológico quando eu REALMENTE me transformo na personagem.

Meu aniversário de 21 anos. Chega a fantasia. 20 mil anáguas, saia em cima de saia, corpete que sufoca a alma. Respirar para quê? Bobagem! O tom arroxeado no meu rosto caiu super bem. Acho que vou adotar para o resto do ano.

Local da festa. A família reunida. Os amigos que eu não via há séculos. Os colegas de trabalho. Todos na casa de festa. Infantil, óbvio, já que se é para enfiar o pé na jaca devemos enfiar com vontade! E eu, travada dentro do carro. Sair com aquela roupinha amarelo ovo? Demorou para eu tomar coragem.

Coragem tomada, eu relaxei. Afinal, tinha Clark Kent, Cebolinha, palhaçinhos, Alice, Chapeleiro Maluco, Fiona, e até uma Barbie. Nada demais, festa à fantasia é assim mesmo. Tudo certo, até a hora em que eu entalei lindamente na piscina de bola.

Imagina uma criatura aos 21, de salto, com um vestido até o pé. Levantar e sair dali com dignidade??? Fato que não! Dignidade é para os fracos! Só carregada mesmo.

Vencido o mico, eu zoei, dancei funk, escorreguei na piscina de bolas, joguei basquete dentro de um tênis, e fiz valer a pena o empréstimo que minha mãe tinha feito para pagar a festa.

Depois que eu cheguei em casa, cheguei a conclusão que a noite tinha sido ótima. Mas meus dias de princesa acabavam ali. Como cuidar de filhos, do marido, de um palácio inteiro com aquele espartilho? JAMAIS!

Concordo com “A Princesinha”: somos todas princesas. Mas, particularmente, eu prefiro ser uma princesa de calça jeans, salto alto e maquiagem que rala o dia inteiro em uma redação de jornal do que ficar horas enfiada em forno amarelo ovo.

Deus abençoe o século XXI!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Já é Natal...

Já é Natal na Leader Maganize, na Renner, na C&A, em todos os shoppings e, a julgar pela árvore montada num canto da minha sala, aqui em casa também.
Para os que não gostam da festividade, é apenas uma forma de o comércio lucrar, e o capitalismo se manter vivo. Ou ainda, mais um encontro familiar que sempre acaba em brigas causadas pelo excesso de bebida, ou simplesmente pela oportunidade de brigar com pessoas que não se vê todos os dias.

Para quem gosta, porém, é uma maneira de estar com quem se ama (às vezes, nem todos, porque as pessoas são muitas e o Natal apenas um dia).
Final do ano é a época da famosa retrospectiva que, para muitos, leva o nome também, de faxina. Pensar no que deu certo, separar o que deu errado, mudar para o ano que se aproxima.

Aqui em casa, temos um modo bem peculiar de saber que o ano está acabando sem precisar botar o pé para fora de casa, ligar a tv, ou olhar no calendário. É Natal quando a minha mãe começa a botar a casa abaixo. Nessas ocasiões, se passar perto dela com uma roupa velha ou se estiver se sentindo meio feia, já era. Vai pro lixo ou para a pilha de doações. Tudo o que é velho vai embora. Minha avó já aprendeu e se mantém longe daqui em dezembro.

Ninguém aqui leu O Segredo, mas todo mundo acredita na tal da “energia positiva”. E coisa sem uso não atrai a tal.

Isso tudo acabou me contagiando e eu fui aprendendo que início das férias é sinal de muito trabalho. Afinal, eu sou considerada pelo meu querido namorado um dos grandes motores do capitalismo. É incrível quanta quinquilharia eu consigo comprar e quanto trambolho eu tenho que doar no final do ano, em nome da tal “energia”.

Algumas coisas ficam: livros, cds, e dvds. Afinal, coleção é coleção e eu devo ter alguns milhares de reais nas prateleiras aqui de casa. Não dou mesmo.
No mais, a faxina passa pelo orkut e pelo msn. Deletados são os que me encheram muito o saco durante o ano, ou até os que não trocaram palavra comigo. Enfeite virtual para mim é proteção de tela. Ponto.

Também é comum escrever aquelas cartinhas, né? Do mesmo jeito que a gente deve jogar fora as pessoas pentelhas, devemos reciclar a relação com aquelas que amamos. E é assim com tudo na vida.

Afinal, ano que vem eu devo acumular mais alguns montes de porcarias e em algum momento elas tem que ir embora, né?

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Rapidinhas

Eu jurei que ia escrever mais e faria um post decente pro blog, mas é minha última semana no meu querido trabalho, to sem tempo pra nada então vai isso aí...

- O Lula não conseguiu aprovar a prorrogação da CPMF!!!!!! Iuhhuuuuuuuuulllll!!!!
Agora, a pergunta que não quer calar: de onde o governo vai nos arrancar os r$40 bilhões que eles estão perdendo com a extinção do imposto?

- Aproveitei as férias da faculdade para começar a ler Mrs. Dolloway, da Virginia Woolf. Cara, pode ser que eu me arrependa de fazer este comentário ao acabar o livro, mas... eu não consigo ver graça em um livro que não tem um enredo muito bem definido. E morro de raiva porque se eu escrevesse um livro sobre um dia na vida de uma pessoa, nem minha mãe leria.

- Será que ler Gossip Girl faz mal para o nosso desenvolvimento cerebral? Ah, mas é tão divertido!

- “A lenda de Beowolf” é um filme muito bom!!!! Recomendo! Mas quem não gosta da Angelina Jolie (como eu, fã máxima da Jennifer Aniston) vai sair do cinema querendo ir a Hollywood só para enforcar a mocréia! Mocréia mesmo, não é recalque! Acho essa mulher HORROROSA e o Brad Pitt devia estar bêbado!

- Quem estiver triste, deprimido, de mau-humor, tem que ver “Pequena Miss Sunshine”. Desafio qualquer um a não rir na cena em que a fofíssima Abigail Breslin se apresenta no concurso de beleza! Superfreak devidamente baixada e colocada no MP3!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Tintim!

Depois de quase dois meses de abandono... I’m back!
Queria ter um assunto muito bom para este post, mas apesar da leitura de jornais e revistas estar em dia, a imaginação anda meio mal das pernas.
Eu poderia falar do estádio da Fonte Nova, da luta pela prorrogação da CPMF, da morte do menino baleado no Leblon, dos últimos filmes que eu vi (“O Aviador” e “Bee Movie”) ou até da greve dos roteiristas (que muito me aflige).

Mas nada disso me parece suficientemente interessante para um recomeço. Por que eu sou do tipo de pessoa que acha que começos e recomeços devem ser bombásticos. Deve ser a veia baiana falando mais alto. Afinal, baiano não nasce, estréia. E a parte que falta na minha cabeça (é verdade, ela é completamente chata!) não me deixa mentir.

Deve ser por isso que a falta de assunto me incomoda tanto. Por mim, todos os meus post deveriam vir cobertos por purpurina colorida, já que a falta de assunto (ou talento) não permite que as palavras os tornem brilhantes.

Também não consigo fazer um post que já emende em um assunto sem afirmar e enfatizar a minha volta ao mundo blogueiro (olha o sangue baiano aí de novo!).
Parece que agora eu consigo entender perfeitamente aquela frase que não sei quem disse: “escrever é 10% inspiração e 90% transpiração”. Não só porque já apertei o ctrl + t e depois o backspace do meu teclado trezentas vezes. Mas porque é dezembro. E dezembro no Rio de Janeiro é praticamente sinônimo de transpiração.

Aliás, Rio de Janeiro me lembra o famoso jeitinho carioca: se você não sabe o que está fazendo, enrole. O que é exatamente o que esta carioca meio baiana está fazendo com você, leitor deste blog: enrolando.

Então, um brinde à falta de assunto, e que venha o próximo post!

sábado, 20 de outubro de 2007

Bad girls & Bad Boys (ou o que dá ficar horas lendo o EGO)

Na época da minha mãe o símbolo do bad boy era James Dean. Bad girl no máximo, no máximo a Sandy, de Grease. Se vestir com um macacão de couro preto (muito brega, por sinal), fumar, e ter cabelos cacheados. O máximo da rebeldia, nossa!

Hoje, a moda é sair sem calcinha, beber (muito!), se drogar (muito!), ter distúrbios alimentares e... ganhar rios de dinheiro...

Eu não sei exatamente o que passa na cabeça da cantora Britney Spears, da atriz (?) Lindsay Lohan, ou da (o que mesmo?) Paris Hilton. Aliás, me arrisco a dizer que não passa nada. Mas a verdade é que, salvo as devidas proporções, os problemas delas é o mesmo dos adolescentes que espancam empregadas domésticas (alguém ainda se lembra disso?): falta de limite.

Onde estão os pais destes jovens, ou nem tão jovens assim? No shopping???

Por favor, estou longe de fazer apologia da pobreza. Por dois motivos. No Rio de Janeiro está mais do que provado que o outro extremo não leva a atitudes melhores do que aquelas dos que estão montadas na grana. Além disso, não vou ser hipócrita. Eu também sonho com um iate, casa na praia e férias em Ibiza.

Mas agora, falando sério. Quando dizem que a base dos problemas do mundo está na educação não se referem apenas à educação formal. Mas também aquela que dá tanto trabalho ao papai e a mamãe. Dizer bom dia, boa noite, pro síndico, pro vizinho e pro porteiro. Pedir por favor, dizer muito obrigada, aquelas coisas básicas.

E essa educação que forma um indivíduo, que mostra a ele que é apenas uma pequena parte de um todo, e que há coisas mais úteis no mundo do que beber, se drogar, dirigir sem carteira ou bater nos outros por aí.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Tropa de Elite

Este texto vai ser longo. Afinal, é sobre o filme “Tropa de Elite” e toda a polêmica em torno dele.

Como boa parte (se não a maior) dos que assistiram ao filme de Zé Padilha, eu também vi em uma cópia pirata. E confesso, foi o único filme que eu vi sem pausa para ler um livro, entrar no orkut, ou comer, em MUITO, MUITO tempo. Confesso também que levantei da cama com vontade de entrar para o BOPE.

Apesar de ter adorado o filme eu concordo com a crônica de João Paulo Cuenca de hoje, no Megazine. Diz assim: “’Tropa de Elite’, na maior parte do tempo parece um institucional do BOPE - no final, só faltou o ‘Aliste-se já!’”. Fato, até eu que sou completamente mulherzinha (no sentido mais amplo do termo) fiquei com vontade de me alistar. Porém, acho que isso não se deve ao filme em si, e sim ao Wagner Moura. Não ao Capitão Nascimento, ainda que o ator seja tão competente que até possível esquecer que ele está atuando. Afinal, só a narração dele vale grande parte do filme. Incrível como mesmo sem imagem ele consegue passar exatamente a idéia que quer.

Isso logo nos faz pensar que “Tropa de Elite” é no mínimo bem feito. Bem construído mesmo. E por mais que muitos críticos não compartilhem da minha opinião, acho que um filme bom é aquele que faz o que se propôs a fazer.

Quais eram os objetivos de Zé Padilha ao fazer o filme? Entreter? Ele conseguiu. Levantar a moral do cinema brasileiro (ainda mais?)? Ele conseguiu. Promover um debate acalorado sobre a polícia e a violência no Rio de Janeiro? Bom, mais do que as outras opções ele conseguiu.

Aqui acho bom citar novamente o Cuenca: “O texto [do filme] é claro como pó de mármore: o tráfico de drogas é um câncer, a elite branca é hipócrita, a PM é corrupta e o Bope incorruptível”. Todas as afirmações estão certas, menos a última. Quem dera que o Bope fosse incorruptível, não é mesmo?

Cuenca diz que tratar o Capitão Nascimento como um herói é próprio de quem perdoa a tortura praticada nos porões da ditadura. Fica aqui a pergunta: a tortura dos militares era absurda porque atingia a classe média, e a tortura do Bope atinge a classe mais baixa? Talvez. Mas discordo de Cuenca.

Capitão Nascimento é tratado como herói porque nosso país necessita mesmo de um. Quem não cansou de ser privado do seu direito de ir e vir por causa da guerra nas favelas? Quem não cansou de ver ônibus sendo queimados e matando inocentes? Quem não cansou de se revoltar contra a violência no Rio? Quem não cansou da impunidade e da corrupção em todas as esferas do poder público? Quem não cansou de sentir medo? Bom, eu já! E já cansei também de tentar falar de direitos humanos para defender pessoas que, caso sejam realmente culpadas, não conhecem essa expressão. Queimar um jornalista no chamado “microondas” é fazer uso dos direitos humanos? Acho que não.

Sou contra a tortura. Do mesmo jeito que sou contra a corrupção da PM. Contra os playboys que acendem um baseado sem ter consciência de que está sustentando o tráfico. Contra a banalização da violência. Sou contra as passeatas que pedem paz. Isso pra mim só funciona para pedir ajuda a Deus. E vamos combinar que Deus já desistiu da gente há muito tempo.

Enfim, não adianta a classe média se sentar em volta de uma mesa de um bistrô e discutir “Tropa de Elite” usando as palavras “tortura” e “absurdo” numa mesma frase. Também não adianta se vestir de branco e pedir paz em um sábado, ir para a praia de Ipanema (de preferência em frente à rua Joana Angélica) e acender um beck.

O debate é bem-vindo, sim. Desde que embasado e com a participação de quem vive a guerra de perto, isso inclui moradores de favelas e policiais.

Só mais um comentário: mesmo que os jovens de classe média tenham sido “pegos pra Cristo” no filme, acho que é uma crítica a todo e qualquer consumidor de drogas ilícitas que, como todos sabem, estão em qualquer lugar, podendo ter qualquer idade, ou renda.

Quanto à “Tropa de Elite”, eu gostei, sim. Critica os polícias corruptos, exalta os honestos e põe os consumidores de drogas em seu devido lugar. GENIAL.

domingo, 9 de setembro de 2007

Post com cara de auto-ajuda...

Pra variar, grande parte de minhas inspirações saem do Saia Justa. Tudo bem, esse não é um grande post, mas merece uma reflexão se vocês seguirem o exemplo abaixo.

A história é a seguinte: segundo betty lago, a moda agora é ter um coach de vida, ou seja, um terapeuta que te ensine a viver. Uma das técnicas usadas por eles é pedir ao paciente que faça uma lista das 100 coisas que gostaria de realizar antes de morrer. A idéia é que ao longo da vida, com alguns itens sendo realizados, o sujeito ganhe mais auto-confiança para realizar as outras. Interessante, não?

Como a idéia aqui é só fazer um exercício, vou reduzir a minha lista a 10% e mostrar pra vocês, ok? Se quiserem, comentem alguns desejos de vocês nos coments! =)

My Wishlist (não necessariamente nesta ordem)

  1. Ver meu pai com saúde
  2. Me dar suuuuuuper bem com a minha mãe
  3. Escrever um livro
  4. Trabalhar com cultura
  5. Conhecer o mundo (lendo, viajando e conhecendo as pessoas)
  6. Controlar meu mau gênio
  7. Casar com meu namorado
  8. Convence-lo a desistir da Barra da Tijuca e morar em Ipanema
  9. Ter um casal de filhos
  10. Fazer cinema

Post inútil, porém divertido!

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Alta Fidelidade

A primeira vez que eu peguei neste livro, estava passando por uma situação parecida com a do personagem principal: uma desilusão amorosa. Quer dizer, eu estava passando por uma desilusão, Rob Fleming (protagonista de “Alta fidelidade”, de Nick Hornby) estava passando por um pé na bunda mesmo. Achei que era melhor deixar pra depois. Deixei. Mas quando vi uma amiga lendo o livro, não resisti e comecei a ler também.

Atraída pela mania de Rob de listar o mundo em curiosos Top 5, eu devorei essa história, que nada mais é do que a narrativa de um fora. Um fora daqueles bem dados, que todo mundo, se não deu, já tomou. Se parece dramático para alguns, com certeza é um equívoco. Hornby sabe descrever as dores do amor com uma maestria (leia-se ironia) sem igual. Afinal, como fazer com que uma mulher se identifique com um cara completamente infiel, que não dá mínimo valor à namorada até que a perde?

Aos poucos, vamos acompanhando a transformação de Rob Fleming (35 anos) de um completo canalha, imaturo e inseguro em um homem... perfeito? Não, de modo algum. Humano. Com todos seus defeitos, mas que aprende a lutar pelo que quer (o que significa, Laura, sua namorada/esposa). Dono de uma loja de discos, ele pauta sua vida pelas canções que houve, sua coleção de discos, e os filmes que vê.

Referências pop + relacionamentos humanos + típico (mau) humor britânico + Nick Horby = sucesso na certa! Não é à toa que o livro virou um filme estrelado for John Cusack. Mas como ainda não vi o filme, isso é assunto para outro texto.

P.S: Não ganho nada com isso além dos comentários de vocês me agradecendo a dica, mas... aproveitem a Bienal do Livro (que acontece no Riocentro do dia 13 a 23 de setembro) pra dar uma passadinha no stand da Rocco e conhecer mais a obra de Hornby! Vale muito a pena!

Ouvindo: Daughter- Pearl Jam.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

7

Sete coisas sobre mim, Lu? Ok, vamos lá!

1) Consigo ser duas pessoas completamente diferentes com meus amigos e com a minha família. Não é à toa que para os primeiros eu sou a princesinha e para a família eu sou a bruxa má. Ok, exagero... Mas o fato é que toda minha meiguice se escoa quando eu ponho o pé em casa. Sabe lá Deus porque...

2) Estou situada a meio caminho entre a inteligência e a futilidade e me orgulho disso. Sou capaz de ter papos “super-cabeça” sobre Nietzsche, a situação política no Brasil e no mundo e cinco minutos depois falar sobre as cores da estação, as melhores nights do Rio, e a última novidade em maquiagem. E acho isso o máximo. Modéstia à parte.

3) Ao contrário do que o item 2 pode dar a entender, de vez em quando (leia-se quase sempre) minha auto-estima fica abaixo de zero. Não que eu me ache feia, burra e chata, mas sempre fico com a sensação que eu poderia ser melhor.

4) Eu tenho mania de ler. Tudo. De bula de remédio a rótulo de papel higiênico. A única coisa que eu não gosto muito de ler é jornal. Para uma estudante de jornalismo isso é ridículo, eu sei. Mas eu to tentando mudar.

5) Sou APAIXONADA por tudo. Desde doces até pessoas passando por filmes. Não sei “gostar” só... sou sempre exagerada e intensa. Porque eu vou gostar se eu posso AMAR? Mas também, porque eu vou “desgostar” se posso ODIAR?

6) Sou gastadeira! Acho que o dinheiro ta no mundo pra servir a gente e não o contrário. Mas to aprendendo que gasta-lo a toa também pode te transformar em escravo. Ainda mais quando ele falta.

7) Sou esforçada. Segundo meu namorado e algumas outras pessoas. E eu concordo. Sou mesmo. Aprendi isso com meu pai, acho que se nos esforçarmos de verdade, ninguém no mundo é capaz de nos parar.

Agora... 7 pessoas pra fazer o mesmo?

Como a Lu roubou minhas opções, fico com uma só...

Lopita! -> http://vidadalopita.blogspot.com/

Sorry, honey!

domingo, 19 de agosto de 2007

Rapidinhas Cinematográficas

- Mesmo desperdiçando o talento de Robert Duvall, mesmo mostrando o potencial manipulador de uma repórter sexy, mesmo colocando a super-hiper-ultra-mega sem graça Katie Holmes (para mim, eterna Joey Potter) no papel de uma repórter sexy, eu sou obrigada a dizer que Obrigado Por Fumar é um dos melhores filmes politicamente incorretos que eu já vi. Quem não gostou não entendeu a ironia. Pra começar porque é impressionante e absolutamente genial que em 92 minutos de filme ninguém apareça fumando! E também porque Aaron Echkart brilha no papel de Nick Naylor, e só por causa disso (e não porque sou fã de comédias românticas), vou até gastar R$8 no ingresso de Sem Reservas. By the way, Nick Naylor como presidente do Senado. Daria um banho em Renan Calheiros.

- Jorge Furtado é, sem dúvida alguma, o melhor diretor de comédias do cinema brasileiro. Fernanda Torres é perfeita e Wagner Moura tem química fazendo par romântico até com um poste. A Camila Pitanga sempre me surpreende e eu faria de tudo para ter um corpo daquele (mas continuaria com o MEU umbigo). Saneamento Básico é genial por vários motivos, mas os mais engraçadinhos seriam: a fala da Fernanda Torres antes do filme começar e a fala de Wagner Moura logo no iniciozinho do filme (“Quem vai querer ver um filme sobre a construção de uma fossa???”). Só o Lázaro Ramos decepciona um pouco. Mas vale o ingresso, sem dúvida.

- O Unibanco Arteplex é o melhor cinema do Rio de Janeiro! A única informação contra isso é o estado do banheiro masculino, mas como eu não fui testemunha ocular da sua sujeira (por motivos óbvios), só sabendo disso pelo depoimento do meu namorado, eu continuo dizendo que é o MELHOR DE TODOS! Até porque, o assento do banheiro feminino é uma almofadinha! =)


sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Cansei II

Um pequeno comentário sobre as críticas ao “Cansei”:

Na confusão em que vive o Brasil, não dá mais para definir o que é esquerda ou o que é direita, então vamos dar nova nomenclatura. O Governo, que há pouco tempo atrás era totalmente favorável às manifestações populares se assustou ao mudar de lado e ter o presidente vaiado. O que era uma forma de demonstração da democracia, agora é visto apenas como um “movimentozinho de elite”. Mais do que temido, é ironizado.

“Fora Lula!” mesmo, tem que vaiar mesmo, e é uma pena que os palavrões não sejam tão aceitos pela sociedade, pq tem horas que nada é tão expressivo quanto aquele lugar. Lugar, aliás, de onde o Lula não deveria ter saído.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Cansei I

“Cansei de gente que só quer levar vantagem.

Cansei do governo paralelo dos traficantes.

Cansei de pagar tantos impostos.

Cansei de impunidade.

Cansei de tanta burocracia.

Cansei de caos aéreo.

Cansei de CPIs que não dão em nada.

Cansei de crianças nas ruas e não nas escolas.

Cansei de presidiários falando no celular.

Cansei de ver traficante fechando o comércio.

Cansei de empresários corruptores.

Cansei de ter medo de parar no sinal.

Cansei de bala perdida.

Cansei de tanta corrupção.

Cansei de achar tudo isso normal.

Cansei de não fazer nada.

Se você já cansou de tudo isso, mostre sua indignação. Pelo Brasil, faça 1 minuto de silêncio dia 17 de agosto às 13:00.”

Texto de campanha que está sendo veiculada na internet...

Vale a pena ver o videozinho... http://br.youtube.com/watch?v=OWuYTj9RahU

Dá vontade de ficar calada até lá, mas tudo bem...

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

0% de inspiração...

Já me disseram que escrever é 10% inspiração e 90% transpiração. Nunca
consegui entender isso muito bem, porque nunca, jamais, em tempo
algum, consegui escrever um texto bom sem estar inspirada. Por mais
que me debruçasse sobre ele, ficasse horas sentada com a bunda na
cadeira, suando a mais não poder. Pra falar a verdade, não consigo
escrever nem lista de supermercado senão estiver "inspirada".

A verdade é que por isso abandono este blog de vez em quando. Esse
último sumiço foi culpa da tal da inspiração que me abandonou esses
dias. Por isso, é mais que um desafio tentar escrever um texto bom
sobre a falta de idéias quando eu estou justamente sem idéia nenhuma.
Tipo, nessas horas parece que minha cabeça é simplesmente algo vazio,
absolutamente oco.

Aí eu fico pensando, geniais são os caras (e as mulheres, obviamente,
já que existem muitas mulheres geniais) que conseguem ter idéias
maravilhosas durante boa parte do tempo, ou quem consegue vencer o tal
do bloqueio criativo?

Eu sou muito crítica comigo mesma, é verdade. E isso acaba sobrando
até pros outros. Por exemplo, se algum dia eu leio no jornal uma
crônica parecida com algo que eu faria, tenho a tendência de achar que
o cara (ou de novo, a mulher) que escreveu aquilo é um merda. Não me
ocorre em momento nenhum que se eu consigo escrever como um cronista
do Globo, eu escrevo bem na verdade. É ELE que está escrevendo como
uma estudante do 5o período de jornalismo.
Quer dizer, não é falta de confiança no meu texto, até porque sei que
escrevo melhor que a média. Aliás, por isso estou fazendo jornalismo
(dãããã!). Mas é aí que eu penso: essas pessoas também tem lá seus
bloqueios. E como elas fazem pra passar por cima deles e escrever uma
coluna, uma crônica ou um texto todo santo dia???

Sempre achei que ouvir vozes dentro da cabeça era coisa de
esquizofrênico. Hoje eu penso: porque não tem nada, além de vazio, na
minha mente? Nenhuma vozinha quer se manisfestar??? Céus! Eu estou na
profissão certa??? Vou conseguir passar por cima disso ou vou travar
cada vez que estiver sem assunto? Imagina meu chefe me mandando
escrever uma crítica sobre um filme, eu sentar na frente do PC e só
sair algo do tipo: po, aquele filme é mó legal! Aff...

Acho melhor eu ir treinando... Melhor pra mim, e pior pra vocês, que
vão ter que aguentar esses textos horríveis até eu ter uma idéia
genial... =P

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Here we go again...

Em 21 anos eu nunca viajei de avião. Vivia em aeroportos porque meu padrasto viajava muito. Mas entrar num avião, eu nunca entrei.

O que antes era motivo de uma pequena vergonha, hoje é motivo de orgulho. Estranho pensar que uma falta de oportunidade pode ter salvo minha vida. Só no Brasil mesmo pra se pensar assim.

Dez meses e duas tragédias depois, eu estou aqui comentando algo que vem sendo comentado em praticamente todos os veículos de comunicação: o caos aéreo.

As longas filas de espera, os constantes atrasos, e os cancelamentos de diversos vôos são agora lugar-comum. Nem choca mais. A incrível capacidade de adaptação do brasileiro fez com que isso não fosse mais do que um incômodo. As tragédias vão dar um pouco mais de trabalho, mas já já também serão esquecidas.

Mas será que devem ser esquecidas? Atentem para os fatos. Em setembro passado (vale lembrar, mês também daquele acidente na Lagoa que matou 5 jovens) o jato Legacy SE CHOCOU NO AR com um Boeing da Gol. Como dois aviões se chocam no ar???? Nem pássaros, animais irracionais, se chocam no ar!

Agora, um avião BATE NUM PRÉDIO depois de bater com sua roda num TÁXI, passando por uma avenida super movimentada! Infelizmente, as pessoas morrem o tempo todo... Mas morrer assim???? Num acidente ridículo? Cuja responsabilidade são de pessoas ridículas num país cujas autoridades se portam de maneira ridícula???

A morte tem como conseqüência a tristeza, o luto e o silêncio. Fiquemos apenas com a tristeza. O silêncio e o luto paralisam o povo, e essa situação não pode ser encarada com o emudecimento.

O que é necessário agora? Fechar Congonhas? Fechemos. Boicotar a TAM e o aeroporto? Boicotemos. Denunciar as autoridades? Denunciemos. Eu realmente não sei o que será necessário para acabar com o caos, mas assim que eu descobrir, vou começar a fazer. E vou continuar andando de ônibus por aí.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Pan pan pan paaaaaaaannnn



(licença para um post atípico...)

Pra começar, o que me chocou foi a saída do Ricardinho. Depois, o fato de ter que sair de casa às 16hs pra ver o jogo do Brasil às 22hs (seis horas de espera pra ver um jogo??? Não sei não...). Mais tarde, ver armas gigantescas nas mãos dos policiais responsáveis pela segurança no Maracanãzinho (seria realmente necessário???). Mais adiante saber que dos seis ingressos que tínhamos em mãos, só três existiam de fato. E uma voluntária com cara de que tinha sido obrigada a estar ali.

Tinha tudo pra ser uma furada. Mas foi perfeito.
Entrada tranqüila, certa confusão na hora de achar os assentos (realmente, já que eles não existiam seria impossível acha-los), mas com o nosso famoso “jeitinho brasileiro” acabou aí. Daí pra frente só alegria. Banheiros perfumados E COM PAPEL HIGIÊNICO. Cachorro quente do Bob’s por um preço que não foi considerado um assalto a mão armada (R$4), e é claro... ELES! A seleção masculina de vôlei.

Meu interesse por esporte é quase nulo. Meu conhecimento esportivo então, nem se fala! Mas se me permitem um pequeno comentário, acho que o Brasil ganhou com folga! E bonito!

No entanto, o que mais me chamou a atenção nessa noite não foram os saques, a organização do Pan, a torcida (que em seu melhor momento começou a vaiar o Bruno para logo depois aplaudi-lo, como deveria ter sido feito desde o início), ou os jogadores. Foi o orgulho de ser carioca e ver que essa festa não poderia ser mais bonita se acontecesse em outro lugar.

Apesar do já citado total desinteresse por esporte ou qualquer coisa que me faça suar desnecessariamente eu resolvi empregar parte no meu tempo neste Pan. Não me arrependi nem um pouco. E o Rio de Janeiro, sua torcida e organização estão de parabéns.

Ouvindo: Only when I sleep- The Corrs

terça-feira, 17 de julho de 2007

Príncipe? Ha!

Antigamente, os príncipes encantados vinham a cavalo. Por falta de outro meio de transporte, e porque carruagem era coisa de mocinha. Quando não podiam vir, mandavam longas cartas apaixonadas e a princesa chorava, chorava e chorava, emocionada.

Hoje, existem carros, motos, aviões, navios, bicicletas e até skates. Ônibus, táxis, metrôs e vans. No caso de falta de gasolina, dinheiro, energia ou fé nos transportes públicos (por mais que eu considere um excesso de desculpas esfarrapadas...) existem os telefones, celulares, faxes (é assim que se escreve??? Sei lá, nunca escrevi o plural de fax...), torpedos via SMS, e-mails, scraps, testemonials, e olha só, ainda existem as cartas!

Agora que o mundo vive a era da comunicação, tudo é meticulosamente preparado para que as princesas nunca percam o contato com seus príncipes. Mas, peraí... Que príncipes? Agora que a existência deles é facilitada eles simplesmente somem! Ou será que nunca existiram?

Eu tenho 21 anos e uma coleção de desilusões amorosas. Sou romântica, mas nem sei explicar porque. Minha mãe não é, muito pelo contrário, nem minha avó, nem minhas primas, e não existe no mundo pessoas menos românticas que as minhas amigas. Então... de onde eu tirei isso??? Sei lá!

Só sei que um episódio de Mothern esclareceu todas as minhas dúvidas... A Raquel explicava pra sua filha, que esperava um príncipe pra uma apresentação da escola, que às vezes o príncipe não vem, e pedia pra ela ir se acostumando.

Esqueça as desculpas de trânsito, cansaço, problemas em casa, estresse no trabalho, medo de comprometimento. O príncipe não vem porque ele simplesmente não existe. Simples assim.

Não existe nenhum homem no mundo que vai te tratar sempre como uma princesa, que é realmente como você merece ser tratada. E são raros os homens que vão te ligar no dia seguinte, te pedir desculpas ao fazer algo errado, ou nunca vão mentir. Existem, obviamente, os que vão fazer isso por algum tempo, mas não espere nunca o tal do “e foram felizes para sempre”.

O amor de Romeu e Julieta só é eterno porque eles morreram, pode ter certeza. Esses casais que você que estão completando bodas de Ouro ou Diamante são lindos de se ver, mas como um quadro. Eles não são reais. No fundo, no fundo, ele reclama que ela é ranzinza quando acorda, ou que a última vez que ela depilou as pernas foi no verão de 67. Ela, por sua vez, detesta o fato dele roncar feito um porco, ou ainda prefere esquecer o nome daquela secretária com quem ele teve um caso há alguns anos atrás.

Hum... eu disse que sou romântica? Perdão, eu ERA! Desisti de procurar o príncipe, agora eu me divirto com os sapos. E se você der sorte como eu, talvez até consiga encontrar um sapo que te faça feliz. Quer dizer, na maior parte do tempo.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

A menina que roubava livros


“O coração humano é uma linha, ao passo que o meu é um círculo, e tenho a capacidade interminável de estar no lugar certo na hora certa. A conseqüência disso é que estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e pior. Vejo sua feiúra e sua beleza, e me pergunto como uma mesma coisa pode ser duas. Mas eles têm uma coisa que eu invejo. Que mais não seja, os humanos têm o bom senso de morrer.”


Sempre ouvi dizer que não se deve julgar um livro pela capa. Mas a única vez que eu contrariei a máxima, não me arrependi nem um pouco.

Quando entrei na livraria e escolhi “A menina que roubava livros” ainda não tinha ouvido falar uma palavra sobre ele. Acho que nem estava na lista dos mais vendidos. Mas eu me apaixonei pela capa e pelas seguintes palavras: “quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler”. Diga-se de passagem é um slogan muito bem escolhido, mas não é capaz de traduzir a idéia do livro.

Aliás, acho que nada do que eu disser em várias palavras nesse blog será capaz da ingrata tarefa, quanto mais um slogan de onze. Afinal, é uma história narrada pela própria Morte! Nada mais original que a Morte interligando parte de sua história, sua caminhada pela Alemanha de Hitler, à história de Liesel Meminger, a menina que roubava livros.

Depois de constatar que Liesel escapara de seus braços pelo menos três vezes, a Morte resolve narrar a vida da menina de um jeito muito particular. Esqueça a imagem da caveira e da foice. A Morte de Markus Zusak é sobretudo irônica. “Os seres humanos me assombram”. De fato, sua narração é pontilhada pela surpresa que os humanos a causam. Afinal, somos capazes de feitos incríveis. As maiores bondades, personificadas pela figura de Hans Huberman, e também as maiores atrocidades, reveladas pela menção ao Führer.

Como educar uma criança na Alemanha nazista? Como ser fiel aos seus valores quando sua própria vida é colocada em risco? Como levar uma vida normal em meio a bombardeios? Como as palavras podem ter tanto efeito? Em suma, como escrever um livro sobre o nazismo sem parecer panfletário?

Parafraseando a Morte eu digo que “os seres humanos me assombram”. Principalmente pela capacidade de escrever histórias extremamente tristes que ainda assim nos arrancam sorrisos.

Ouvindo: Mr. Jones - Counting Crows



quinta-feira, 21 de junho de 2007

Declarações absurdas dos políticos I

“'O senhor não pode ser nomeado relator de manhã e renunciar à tarde. Aqui ninguém vai ligar para sua mulher para pedir que o convença a ficar. Aliás, nem mulher você tem' -disse o senador Sergio Guerra (PSDB-PE), lembrando a renúncia de Cafeteira. 'Tenho sim, alguém que pode me ligar, mas não vai ligar. Aliás, estou com muita saudade'- respondeu Salgado, afirmando que analisou os documentos e a perícia da Polícia Federal, e que estava convicto do relatório que havia elaborado esta manhã.”


Trecho retirado do jornal O Globo, do dia 21 de junho de 2007.

Pára tudo!!!! Como alguém tem coragem de dizer isso no Senado????
Depois dessa não era eu que ligava pro babaca...

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Quem espera sempre cansa

Pra variar eu consegui, mais uma vez, tirar conclusões filosóficas de mais um lugar sem nenhuma conclusão filosófica. Dessa vez, do filme Terapia do Amor, com a Uma Thurman e aquele gatinho que vez o Jake de One Tree Hill (não sei o nome e to com preguiça de procurar no IMDB).

No filme, Rafi se apaixona pelo David, mas é sei lá quantos anos mais velha do que ele. Apesar de aparentar ser uma mulher bem-resolvida, inteligente e tal, ela é toda cheia de pudores. Como se fosse crime namorar um homem mais novo. Então, ela resolve abordar o assunto com sua terapeuta, e sem saber acaba contando detalhes escabrosos da vida do cara... PRA MÃE DELE!

Enquanto terapeuta, a personagem da Meryl Streep, da toda a força do mundo pra sua paciente. Como mãe... é TOTALMENTE contra o namoro do filho. Ok, contradições à parte eu pergunto: porque é contra?????

Por que a mulher não é judia? Ta, como não tenho religião não consigo entender certas coisas, por isso não me meto. Por que a mulher é mais velha? Por que os dois estão em fases diferentes da vida? Por isso não daria certo?

As desculpas para ir contra a um relacionamento são diversas. Diferença de idade, de classe social, de nível intelectual. Confesso, só concordo com a última, porque boa conversa pra mim é totalmente afrodisíaco. Agora, o resto, pra mim é mentira.

Casar cedo demais é perigoso. Casar tarde demais também. Com a pessoa X não vai dar certo. Com a pessoa Y também não. E eu pergunto: como se pode prever?

Minha mãe casou com meu pai aos 17 anos, ele tinha 24. Ficaram casados por 18. Dizer que um casamento que durou 18 anos não deu certo é um pouco de pretensão, não? Depois, eles se separaram e ela casou com um cara 20 e poucos anos mais velho. Mais 20 anos nisso. Ok, minha mãe nasceu casada, e permaneceu assim até a morte do segundo marido. Ao que me consta ela nunca se arrependeu de ter casado cedo.

Eu namorei bastante, pessoas completamente diferentes umas das outras, e às vezes nem tão diferentes. Não to casada, logo os outros relacionamentos não deram certo (se bem que essa classificação é relativa). Mas em TODOS, alguém se opôs.

“Não é a hora certa pra namorar assim!” Ué, e tem hora certa? “Parece que ta casado” Vocês que pensam, pra mim é MUITO diferente, vai procurar CASAMENTO no dicionário! “Não vai dar certo” Tranqüilo, é só terminar caso isso aconteça. Ninguém vai morrer por isso.

Sempre tem algo contra, a vida é assim e nunca vai deixar de ser. Mas parece que as pessoas têm a necessidade vital de se meterem no relacionamento dos outros. Talvez para não enxergarem os próprios. Sei lá. Eu só sei que to de saco cheio de gente que se mete na vida dos outros. E que cada um deve curtir a vida como bem entender. Period.

sábado, 19 de maio de 2007

Don't worry, be yourself...

Do mesmo jeito que está na moda ser feliz, está na moda criticar a contínua busca pela felicidade, já notaram?
Ta na moda reclamar da suposta "obrigação" de ser feliz...
Sempre que eu lia alguma matéria sobre o assunto ficava pensando "ah, se todas as obrigações fossem como essas... Esse jornalista deve ser um deprimido, um infeliz, um mal-amado...".
Acho que hoje eu finalmente consegui entender...
Aquelas matérias não eram um ode à tristeza, mas apenas um questionamento...
Agora eu mesma me questiono... Porque as pessoas não entendem que não é possível ser feliz o tempo todo?

Coisas ruins nos acontecem o tempo todo... Não to falando de tragédias, mas daquelas pequenas coisas que podem ser particularmente irritantes. Aquela dor de cabeça incessante, nota baixa, falta de dinheiro, frustrações, decepções, as dorzinhas de cotovelo, os cíúmes, grosserias, aquela camada de gordura que insiste em se instalar na sua barriga, o cabelo quebrado e até mesmo a falta de saúde de entes queridos e a morte...

Por mais feliz que eu seja, sei que é NORMAL ficar triste... Ficar chateado de vez em quando... E apesar de me proibir veementemente de chorar na frente dos outros não consigo entender porque quando se está chateado deve-se esconder isso do resto do mundo.
Ok, ninguém tem nada a ver com seus problemas, você não precisa incomodar ninguém. Mas, por que diabos somos obrigados a sorrir, conversar, bater altos papos, quando nossa verdadeira vontade é socar a parede, berrar no travesseiro ou chorar na cama ouvindo AQUELA música de fossa???? Por que é tão ruim mostrar quem realmente somos se a sinceridade e honestidade é algo tão importante para todo mundo? Por que a transparência deixou de ser virtude e passou a ser defeito?
Certo está quem mostra o que sente ou quem esconde? Aliás, existe certo e errado nessa situação?

Eu sinceramente não tenho resposta para nenhuma destas perguntas...
Mas afinal de contas... a condição básica para ser feliz não é gostar de quem você é?

Ouvindo (mentalmente): Three Little Birds, Bob Marley

terça-feira, 15 de maio de 2007

Grizzly Man

Onde você estava no dia 21 de setembro de 2000?
Eu estava comemorando o aniversario do meu primo, mas a quilômetros
de distância um louco, surtado, completamente maluco estava no Alaska, cercado de ursos pardos, debaixo de uma barraca, com uma câmera pedindo por chuva, já que os adoráveis ursinhos estavam se comendo por falta de salmão, que só chegavam a eles com a chuva.

É isso que mostra o documentário “O Homem Urso”, de Werner Herzog, que mostra a vida de Timothy Treadwell, um cara que passou 13 verões no Alaska, tentando proteger os ursos de (a meu ver) uma ameaça inexistente!

Tratando os ursos como “amigos” Timithy dava um jeito de se isolar do mundo real, o humano, e provavelmente encontrava assim uma forma de se distanciar de seus problemas com álcool e drogas.

Deixou 100 horas de material gravado, que serviu de base para o documentário. Apesar de interessante, você nem precisa ver o filme de Herzog para saber o que aconteceu com Treadwell. Perfeitamente dedutível. Foi comido por seus “amigos”.

Muito triste. Mas não foi nele que eu pensei quando vi o filme, nem em sua namorada morta ao lado dele, nem em seus problemas com drogas, e muito menos nos ursinhos.

A única coisa que me passou pela cabeça foi: nesse exato momento em que você lê este texto, o que será que o resto da humanidade está fazendo de loucura?

Eu estava comendo brigadeiro e coxinha de galinha enquanto o cara estava cercado de ursos há 7 anos atrás. Mas o que será que está acontecendo de louco no mundo EXATAMENTE agora????

Prova que existe muito mais nesse mundo do que julga nossa vã filosofia.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Ninguém tem mais o que fazer não?

“Na sociedade totalitária o indivíduo é um ser social, perde sua singularidade. “
Esta frase foi dita por um professor na minha segunda aula de Teoria Política na faculdade, mas também serve para introduzir um assunto bastante inquietante.

Vinte e três anos depois de termos nos livrado da ditadura, 19 anos depois da Constituição de 1988, o governo tenta tomar uma medida que, na melhor das hipóteses, pode ser considerada um retrocesso.

A “brilhante” idéia é fazer com que as emissoras de tevê exibam seu conteúdo para pessoas ligadas ao ministério da Justiça, antes de veicula-las para o público. Assim, todos os filmes, séries, minisséries, novelas, e o que mais você puder imaginar será submetido ao crivo do governo. Em outras palavras, o governo vai decidir o que você pode ou não assistir. Sendo mais clara ainda, é a volta da censura.

Nenhuma mensagem de injustiça, irresponsabilidade, ódio, raiva, entre outras coisas poderá ser transmitida ao público se não houver uma mensagem de condenação explícita. Por favor, alguém pode me dizer qual seria o destino dos maiores vilões da literatura e da teledramaturgia brasileira?

Os vilões existem para um fim específico: fazer com que o público ou o leitor, enfim, vivenciem experiências que não podem vivenciar na vida real. Aliás, não só os vilões como todos os personagens. A arte em geral, a meu ver, serve pra isso. Impedir que a arte cumpra seu papel é o mesmo que soltar todos os demônios na sociedade. Arrombar a caixa de Pandora que, vamos combinar, já está aberta demais.

Ao permitir que o Estado tome uma medida tão arbitrária, estamos abrindo mão de grande parte de nossa liberdade. Estamos abrindo mão não só do direito de expressão, mas também o de escolha. O que uma criança deve assistir é responsabilidade única de seus pais ou responsáveis, de modo que a classificação etária deve ser meramente indicativa, e não restritiva.

Os prédios já tem grades demais, depois de uma certa hora da noite fica perigoso sair de casa, pra não dizer o dia todo, os cinemas cortam a meia entrada para os estudantes, as praias- única coisa gratuita que conseguia divertir todo mundo- estão sujas. Agora vem o governo dizer o que eu posso assistir ou não na minha própria casa???? Vem cá, vocês não tem nenhum problema como violência, corrupção, pobreza e miséria pra cuidar não??? Afffffff....

terça-feira, 24 de abril de 2007

Hell



Lolita Pille... Será que o inferno é assim?

Ao contrário do efeito causado nas minhas amigas -que AMARAM o livro-, eu ainda não sei o que pensar de Hell.

Escrito por Lolita Pille, Hell alterego da autora, conta a história da juventude da classe alta de Paris. Suas Ferraris, seus Porches, suas bolsas Gucci, Prada e Dior. Como afirma a autora logo no primeiro capítulo, ela pertence a uma tribo que tem a grife como distintivo.

Se você trocar as ferraris e os porches por Audis, Citroens, Toyotas Corolas, e quem sabe, Peugeots, pode muito bem imaginar a classe média alta do Rio de Janeiro. Lógico que fumar maconha na praia de Ipanema não é a mesma coisa que cheirar cocaína em uma boate, mas...
Como afirma Pille, a narrativa não descreve o mal-estar de uma classe, e sim de toda uma geração.
Não podemos generalizar, pois no Brasil poucas pessoas se dariam ao luxo de não fazer uma faculdade (tendo condições financeiras para isso), ou gastar R$ 25 mil numa única bolsa. Até porque, por mais insensível que a pessoa seja, a culpa de passar com um item desse ao lado de um mendigo na rua ou uma criança no sinal seria de corroer o coração.

Sexo, drogas, compras. Um quê de autobiográfico. Você pode achar que estamos falando de Bruna Surfistinha, comentário que já rolou numa conversa, enquanto estávamos discutindo o livro. Discordo, Hell tem algo essencial que falta à Bruna Surfistinha. EDUCAÇÃO. Sim, ela poderia ter tudo, mas escolheu a prostituição. Hoje, acho bem difícil que ela possa ter conversas existencialistas como Lolita Pille. Mais uma diferença entre Brasil e França.

Condições financeiras diversas. O tédio de sempre. A mesma falta de coragem de encarar o mundo de frente, que leva alguns jovens a detonarem seus narizes e conseqüentemente, seus cérebros. A mesma falta de perspectiva. E porque não? de vontade de viver.

Nesse ponto eu concordo com Pille. É um problema de toda uma geração. As causas disso não compete a mim discutir, mas agradeço por ter nascido em uma família de classe média, onde nunca faltou nada, mas também nunca sobrou.

O que seria de mim se tivesse nascido rica, sem necessidade de trabalhar ou estudar para sustentar meus pequenos luxos? Onde eu estaria agora? Quais seriam meus objetivos? Casar, comprar o carro do ano, o último modelo de uma bolsa Dior, ou passar as férias em Ibiza? Vamos combinar que seria uma vida no mínimo chata, para não dizer vazia. Não é à toa que Paris Hilton, Nicole Richie entre outras, são como são.

Mas eu admiro Lolita Pille. Pela coragem de ter escrito um livro como esse, mesmo pagando o preço de perder várias de suas amizades (???) e também pela qualidade da escrita. Poucos jovens escreveram sobre o tédio de maneira tão sutil e ao mesmo tempo agressiva. Ao contrário de Bruna Surfistinha, esse eu não li pelo simples prazer de falar mal depois.

Ouvindo: Take you mama out, Scissors Sisters.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Do you believe in faith?

Até que ponto você controla sua vida? Ou sua vida controla você?
O tempo todo somos obrigados a fazer escolhas. O que queremos comer, o que queremos vestir, a carreira que queremos seguir, com quem queremos namorar, casar, nos relacionar.
Devemos escolher um dentre vários caminhos, e a escolha que fizermos sempre excluirá as outras possibilidades.

Então, você é responsável por suas próprias escolhas ou seu caminho já está traçado?
A idéia de destino é bem reconfortante quando queremos nos eximir de alguma culpa ou responsabilidade. O Brasil perdeu a Copa de 2006 porque tinha que perder, oras. O Katrina aconteceu porque de algum modo New Orleans deveria ser detonada. Tinha que ser assim.

No entanto, a concepção de destino pode ser bem angustiante quando pensamos que não importa o quão duro tentamos, o quanto calculamos nossas ações, o quanto torcermos, o que tem que acontecer simplesmente acontecerá. Independente de nossas ações.
Simplesmente não podemos fugir do destino. Somos predestinados.

Será? Acreditar no destino ou em suas próprias escolhas também é simplesmente uma questão de escolher entre dois caminhos. Dois caminhos, mas a questão é uma só: você faz acontecer ou fica sentado assistindo sua vida se desenrolar diante de seus olhos?

Ouvindo: Islands on the sun, Weezer

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Ciúmes

CIÚMES! Seis letras. Bem pouco. Uma coisinha pequena, porém letal. Já acabou com romances, amizades, vidas. Responsável por crimes, grandes livros, grandes músicas (uma delas até dá o título a esse blog).

Falar sobre ele é complexo, explicar a sensação de dor, irritação, raiva e revolta que ele dá é mais ainda. Sentir, no entanto, é fácil. Demais até.
Uma palavra, um gesto, um olhar e pronto. O modo ciumenta maligna foi ativado. Eis que vem aquela vontade de bater (nela ou nele), sacudir, agredir. Pensar na mais horríveis torturas, tipo arrancar tufos de cabelo delas, furar os olhos, unhar o rosto, cortar a língua e os dedos, impedir de falar, de escrever. Ou. então, ser superior.
ir para o shopping, gastar os tubos naquele vestido lindo, que em circunstancias normais, você jamais compraria. Simplesmente pelo prazer de desfilar COM ELE, na frente dela, só para mostrar o quanto você é superior.

Mas... Será mesmo? Antes de sair correndo para pegar a bolsa e ir às compras, pare e pense: ele vale isso tudo? ELA vale isso tudo? Não, provavelmente não.
Se você está se roendo por culpa dele, provavelmente ele não vale. Ela dá em cima de homens comprometidos, vale menos ainda.
Então, querida, guarde a carteira. Mantenha-se longe da geladeira, nem pense em pegar esse bombom. Abstraia!
Se for para ser seu, será. Simples assim. Se não for, pode pensar nas hipóteses mais horrorosas. Nos seus piores pesadelos. Quando esses pensamentos forem embora, pense: FODA-SE! Cada um tem direito de fazer com a sua vida o que quiser, e você também.
Se seus pesadelos se concretizarem, você perde? Não, baby! Ganha um presente! Você acaba de se livrar daquele estorvo, daquele traste, que vamos combinar?, tem barriguinha de chopp. E o melhor: livre para ir atrás daquele loiro alto que sempre dá em cima de você!
Pode acontecer também de nada acontecer. Difícil, mas pode. Ele pode ser um daqueles homens em extinção: os fiéis. Logo, aí você também ganha um presente. O seu namorado, marido, ficante, seja lá o que for, gosta de você! Mesmo, de verdade! Ele nem liga pra celulite e TPM.
Fora que eu já vi vários relacionamentos acabarem por excesso de ciúmes, mas nunca vi unzinho sequer terminar por falta de.

É aí que se aprende que o ser humano tira lições dos lugares mais improváveis. Até de uma crise de ciúmes.
Então, da próxima vez que você passar por uma, pense em tudo isso, espere a raiva passar e não mate a sujeita. Ao invés disso, ligue para ela e agradeça. Ou por ter te livrado de um babaca ou por ter te mostrado o quanto ele é perfeito. Nesse último caso, peça também desculpas por ser mais bonita, mais gostosa e mais inteligente. Você não nasceu assim de propósito.

Ouvindo: Anyone who had a hearth- Dionne Warwick

sexta-feira, 13 de abril de 2007

One year later

Quanto tempo leva para os sentimentos se organizarem na mente? Para a sensação virar lembrança? Para a dor virar cicatriz?
Para esquecer as cores, os cheiros e os sons daquele dia? Para chorar de verdade? Para desfazer o nó da garganta?

Quanto tempo leva pra sentir tudo de maneira mais vívida? Para a ficha cair?
Quanto tempo leva para se arrepender de verdade? Para viver a culpa e o remorso de não ter feito antes? Para ver o quanto se perdeu realmente?

Um ano. Um ano para ter a certeza de que naquele dia não se chorou o suficiente. Perdoou-se, com certeza, mas não foi possível perdoar a si mesmo. Perdoar pela falta de palavras de carinho, perdoar pela falta de palavras raivosas na hora em que deviam ser ditas, sob o risco de virem à tona com crueldade depois, em uma hora imprópria.

Um ano inteiro para ter vergonha do orgulho bobo, da falta de inteligência. Agora não é mais hora para eufemismos. Para a burrice mesmo.

Um ano inteiro para ver que agora é tarde. Agora não há nem mais segundo. Agora só em sonho. Porque tudo é reversível. Menos a morte. Sempre é possível voltar atrás, mas não agora.

Um ano para ver que todo mundo merece uma segunda chance e que sempre devemos da-la. Um ano para ver que tudo o que se pensava há dez anos atrás era verdade: esse dia chegaria e teria-se que viver com isso.

Um ano para ver que nem sempre percebemos as dádivas que recebemos, e sem querer as jogamos fora em nome da suposta “normalidade”. Por não ver o tamanho ínfimo que realmente temos. Por ter a petulância e a prepotência adolescente de achar que é possível julgar e nunca ser julgado. Vergonha por se achar acima do bem e do mal, por nunca ter cometido um erro semelhante. Ledo engano. Ao final, vemos que o erro foi igual ou até pior. O arrependimento dele acabou. Foi com a certeza de ter tentado. Eu fico com a certeza de ter errado. E ter sido absolutamente ridícula.
Um ano para ver que 12 anos de orgulho significarão uma vida de arrependimentos.
Um ano para ver que depois de tudo que aconteceu sobra uma vida para se perguntar: o que poderia ter sido diferente?

segunda-feira, 2 de abril de 2007

21 things I want in MY lover

Pelo título do blog já devem ter percebido que eu sou fã de Alanis, não? Só porque ela me acompanha nos melhores e piores momentos, e porque hoje ela me inspirou...

21 things I want in MY lover

  1. Educação
  2. Gentileza
  3. Inteligência
  4. Cultura
  5. Pegada
  6. Beleza
  7. Charme
  8. Delicadeza
  9. Bom gosto
  10. Romantismo
  11. Caráter
  12. Ciúme (na medida certa)
  13. Segurança (para que o item acima dê tempero mas não estrague a relação toda)
  14. Poder de convencimento
  15. Compreensão com o sexo feminino (principalmente em determinada época do ano)
  16. Habilidade
  17. Respeito
  18. Fidelidade
  19. Altruísmo
  20. Capacidade de viajar (mas não como se tivesse fumado um beck, só uma abstração básica)
  21. Bom humor

E quando você acha quase tudo isso em uma pessoa só? O que você faz?

domingo, 1 de abril de 2007

Maria Antonieta


Apesar de ser apaixonada pela sétima arte, entendo muito pouco de cinema, tecnicamente falando. Por isso, me surpreendi comigo mesma ontem à noite, ao sair de um filme tendo plena consciência – pela primeira vez- de que ele tinha sido mal dirigido.

Depois de hooooooras convencendo os amigos de que enfrentar meia hora de fila na bilheteria do UCI em um sábado a noite pra ver Maria Antonieta seria um programão, eu saí da sala de exibição com vergonha, jurando a mim mesma que jamais escolheria um filme pra todo mundo ver.

Já vi filmes piores, acho. Mas vi sabendo que seriam ruins e que não valiam o preço do ingresso. Esse, no entanto, foi uma surpresa. Afinal, é dirigido por Sofia Copolla – diretora de As Virgens Suicidas, que eu ADOREI-, tem Kirsten Dunst no elenco –minha atriz preferida desde Adoráveis Mulheres-, e a ousadia de colocar rock como trilha sonora parecia um atrativo a mais pro filme. Ainda mais depois de a equipe ter conseguido autorização especial para gravar em Versalhes.

Bom, pra falar a verdade, só o que decepcionou foi a direção da Sofia Copolla. Essencial, é verdade. Mas não que conseguisse tirar o brilho da atriz.

Já me disseram que para entender o trabalho da cineasta devemos ter em mente que o filme não é uma cinebiografia, mas a vida da Delfina da França visto pelo prisma de Copolla. E que ela deu um passo grande ao não basear seu filme em uma visão já conhecida de Maria Antonieta.

Ok, pelo esforço eu bato palmas para ela. Mas filme, como texto, música e qualquer coisa do gênero, deve ser capaz de falar por si só. Daqui a 20 anos ninguém vai lembrar da explicação da diretora sobre seu longa e ele vai ficar totalmente perdido no espaço e no tempo.

Se este filme era uma visão de Copolla sobre Antonieta, ela deveria ter organizado melhor seus pensamentos. Sim, ao assistir, percebemos que a personagem deveria ser retratada com uma mulher deslocada, que foi usada apenas para reforçar a aliança política entre a França e a Áustria, que sofria com o desinteresse sexual do marido, e por isso, arrumava amantes. Mas também percebemos que ela não consegue convencer nem como amante e nem como esposa dedicada.

O filme parece um festival de cenas aleatórias sem nenhuma amarração entre elas. Faltou algo básico: narração. Se a história fosse narrada em primeira pessoa, haveria uma grande chance de ser um grande sucesso.

À Copolla faltou experiência, para conseguir passar para a tela exatamente o que estava em sua cabeça.

Triste pensar que o que mais me chamou atenção em 123 minutos de filme foram os sapatos desenhados por Manolo Blahnik. Esqueça melhor direção, melhor atriz, e até mesmo melhor trilha sonora. Este leva o Oscar de Melhor Figurino com certeza!

sexta-feira, 30 de março de 2007

Alan Pierre é rei!

Não tem Alemão (apesar de adorá-lo), Caubói, Iris, ou Flavia.
Pra mim quem merece ganhar este Big Brother já perdeu essa chance faz tempo: Alan Pierre. Mas tudo bem, ele foi eliminado, mas pelo menos ganhou um carro (um EcoSport se eu não me engano).

Ele podia ter feito qualquer coisa: ficado com ele, vendido, comprado um carro mais barato ou qualquer porcaria. Mas não. Olha a idéia da figura: ele vai vender e com a renda se dar ao luxo de ficar trancado em seu apartamento se dedicando à leitura! Cara, GENIAL! Para os que dizem que isso é loucura eu pergunto: por que? O dia tem 24 horas (dããã!), ele vai passar 4 lendo. Um sexto do dia! Ele não vai deixar de comer, sair, ver televisão, nada... Só vai deixar de trabalhar... E vamos combinar que um carro daquele sustenta alguém comedido por um bom tempo.

Não seria o meu caso, claro. Eu entraria na Livraria da Travessa e faria A festa! Minha wishlist deve ter uns 100 itens, entre livros e dvd's.
Mas se o Alan Pierre consegue, parabéns pra ele!

Aliás, parabéns por isso, pela originalidade e pela atitude. Eu não pensaria em uso melhor pro tal carro.
Roubou meu sonho, eu não seria mais original, mas eu perdôo. Se todos fossem assim, o Brasil não seria desse jeito!


P.S: Aliás, quem quiser ler a notícia na íntegra é só ir no blog do participante no site do BBB.
Pra quem é preguiçoso, é só clicar ao lado. => http://bbb.globo.com/BBB7/0,,LBB0-7797,00.html

domingo, 25 de março de 2007

Menina não pode

Menina não pode ser moleca, rir escandalosamente, falar besteira, conversar sobre sexo ou falar alto. Menina não pode fazer piada, falar palavrão ou ficar bêbada. Menina não pode dançar, cantar, ou correr no meio da rua. Menina não pode ficar com mais de um numa noite, fazer o que tem vontade se não tiver um homem pra dizer que essa é a vontade dele. Menina não pode dizer o que pensa, mas deve ouvir o que todo mundo pensa dela. Menina não pode extravasar o que sente. Menina não pode sentar de perna aberta (mesmo de calça), menina não pode pôr os pés no painel do carro.

Menina deve ser educada, falar baixo, rir baixo, dançar direitinho e nunca descer até o chão. Menina só deve dizer coisas simpáticas e ficar vermelha de vergonha quando os homens dizem alguma bobagem. Menina deve ser casta, pode até gostar de sexo, mas nunca deve admitir isso em público. Menina deve ser sempre a princesinha do pai, do irmão, do namorado, do primo e do melhor amigo. E quando crescer ser a rainha do marido e do filho.

Apesar de achar que princesa é um ótimo adjetivo para uma mulher, por transmitir toda a doçura, delicadeza e serenidade inerente ao sexo feminino, eu confesso... Não tenho a menor vocação pra princesinha.
Falo alto (minha família é surda, tenho que gritar pra ser ouvida em casa, oras), minha risada é escandalosa, falo mais besteira do que muito homem, acho que quando se dá uma topada na rua nenhuma expressão substitui o “puta que pariu!”, adoro uma tequila de vez em quando, amo me acabar na pista de dança quando toca um funk, não sei sentar como mocinha, e adoro andar de carro com os pés apoiados no painel, cantando um rock bem alto de preferência.

Só me comporto como princesa se estiver me sentindo MUITO desconfortável, rodeada de pessoas que nunca vi na vida. Se eu ganho o mínimo de intimidade... Já era... Fico engraçadinha mesmo.
Só Deus sabe o quanto já incomodei as pessoas com esse jeito.
Esse tipo de graça escrachada, graça irônica... Outras vezes, graça particular, só pra mim. Graça que assim que sai da boca, vem o pensamento “porque eu disse isso???”.

Às vezes morro de vergonha, às vezes de preocupação por ter dito algo que possa magoar alguém. Às vezes tenho a sensação de que peço licença por ser mulher e ser espontânea, enquanto deveria conseguir arrombar a porta e ter orgulho de ter mil sentimentos contraditórios, que freqüentemente saem em forma de piadinhas.

Nessas horas, eu consigo ver claramente que por mais que as mulheres hoje possam votar, trabalhar fora, usar pílula, escolher seus parceiros, seus maridos, sua profissão, ainda há um passo gigantesco a ser dado. O mundo só vai mudar de verdade quando nós pararmos de acreditar que não podemos fazer um monte de coisas. Quando pararmos de educar filhos que pensam assim.

Por hoje, fica a saudade do tempo em que eu era criança e achava que menina só não podia jogar bola.

sexta-feira, 23 de março de 2007

Discutível Perfeição

Tem um texto lindo rolando na internet há séculos já...
Eu não sei a autoria, pq na rede esse negócio de autoria é uma confusão só...
Entre outras coisas lindas e lições importantes ele diz mais ou menos
assim: "Não se compare com ninguém, mas sim com o melhor que você pode
ser".
Tudo bem, tudo bem... Eu sou a manteiga derretida mor e esse texto é
sempre gostoso de ler, mas essa frase tem significado especial.

Durante MUITO tempo eu persegui algo que não existe: a tal da perfeição.
Sim, porque é mais fácil uma criança de 5 anos saber onde Bin Laden
está escondido, quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha; quem
construiu as pirâmides do Egito, as estátuas da Ilha de Páscoa e o
final de LOST do que qualquer mortal no mundo saber como se chega a
essa tal palavrinha...

Simplesmente por um motivo: todo mundo gosta de perfeição (embora
ninguém a conheça pessoalmente). E é IMPOSSÍVEL agradar a todo
mundo...
Isso é fácil de ser comprovado. Como agradar plenamente a pai e mãe?
Fazendo tudo exatamente como eles fazem? Impossível! Afinal, eles
também têm defeitos, e devem odiá-los como vc odeia os seus. Quando
eles vêem os próprios defeitos refletidos nos filhos, então... Sai
debaixo! Confusão na certa!
Então, você imagina que fazendo tudo que eles querem você será
perfeito... Errado de novo! Já dizia Freud que não existe vida feita
apenas de prazer, ou feita apenas de sentimento... Os dois são
igualmente letais... Logo, impossível viver das vontades do outro, e
mesmo que você consiga por um tempo, será absurdamente infeliz...
Nada mais incompatível com a perfeição do que a infelicidade.

Ser perfeito pra namorado ou namorada? Possível... Pelos 3 primeiros
meses... Depois que a paixão acaba ou você enfia na cabeça que não dá
pra esconder a celulite e desencana, sabendo que ele vai continuar a
amá-la, ou passa o resto do namoro fugindo da praia e fazendo sexo no
breu.

Amigos? Bom, pra mim, a graça da amizade é descobrir no outro defeitos
e ver que você gosta do seu amigo do mesmo modo... Ou mostrar seus
defeitos e ver que seu amigo te ama mesmo assim.

O que sobra é agradar a você mesmo, ser perfeito pra você mesmo... Ser
o melhor que você pode ser e tentar melhorar sempre... Só assim é
possível ficar satisfeito consigo mesmo. E quanto maior a sua
auto-estima mais gente no mundo se sente feliz em estar ao seu lado. E
fazer os outros felizes é um passinho em busca da tão sonhada
perfeição.

quinta-feira, 22 de março de 2007

The beggining

Depois de escrever de penetra em vários blogs por aí eu resolvi ter o meu. eeeeeee!!!!
Se vai dar certo, eu não sei. Sobre o que eu vou falar, eu também não sei. Se vai agradar alguém, sei menos ainda... Talvez agrade pelo meu modo de escrever, talvez pelas minhas idéias...
Talvez não agrade a ninguém, mas isso eu acho bem difícil...
Enfim, aqui eu vou escrever sobre o que tiver vontade, já que quando eu me formar em jornalismo, dificilmente escreva sobre algo que eu realmente queira escrever... =P
Vou tentar não me explanar muito, evitar contar coisas da minha vida em que outras pessoas estejam envolvidas... Mas quando não der não vou botar o nome de ninguém, pode deixar...
Afinal, pra mim, o blog tem a finalidade de mostrar minhas idéias, o que eu gosto, o que eu não gosto, ver o quanto meus textos fazem sucesso (pq como toda menina eu tb sou muito vaidosa) e não sair contando minha vida por aí... Afinal, pra isso existem os diários, as agendas, o fotolog, a terapia e as amigas... =)
De qualquer forma, deixem seus comentários... Porque blog nenhum sobrevive sem comentários!