quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Alta Fidelidade

A primeira vez que eu peguei neste livro, estava passando por uma situação parecida com a do personagem principal: uma desilusão amorosa. Quer dizer, eu estava passando por uma desilusão, Rob Fleming (protagonista de “Alta fidelidade”, de Nick Hornby) estava passando por um pé na bunda mesmo. Achei que era melhor deixar pra depois. Deixei. Mas quando vi uma amiga lendo o livro, não resisti e comecei a ler também.

Atraída pela mania de Rob de listar o mundo em curiosos Top 5, eu devorei essa história, que nada mais é do que a narrativa de um fora. Um fora daqueles bem dados, que todo mundo, se não deu, já tomou. Se parece dramático para alguns, com certeza é um equívoco. Hornby sabe descrever as dores do amor com uma maestria (leia-se ironia) sem igual. Afinal, como fazer com que uma mulher se identifique com um cara completamente infiel, que não dá mínimo valor à namorada até que a perde?

Aos poucos, vamos acompanhando a transformação de Rob Fleming (35 anos) de um completo canalha, imaturo e inseguro em um homem... perfeito? Não, de modo algum. Humano. Com todos seus defeitos, mas que aprende a lutar pelo que quer (o que significa, Laura, sua namorada/esposa). Dono de uma loja de discos, ele pauta sua vida pelas canções que houve, sua coleção de discos, e os filmes que vê.

Referências pop + relacionamentos humanos + típico (mau) humor britânico + Nick Horby = sucesso na certa! Não é à toa que o livro virou um filme estrelado for John Cusack. Mas como ainda não vi o filme, isso é assunto para outro texto.

P.S: Não ganho nada com isso além dos comentários de vocês me agradecendo a dica, mas... aproveitem a Bienal do Livro (que acontece no Riocentro do dia 13 a 23 de setembro) pra dar uma passadinha no stand da Rocco e conhecer mais a obra de Hornby! Vale muito a pena!

Ouvindo: Daughter- Pearl Jam.

Nenhum comentário: